6 filmes para você dar uma chance ao cinema nacional

O cinema nacional é subestimado, um dos principais motivos para isso é as comédias pastelão da Globo Filmes que faz com que o brasileiro cheio de ver mais do mesmo acabe não dando  chance a alguns filmes que vão na contra mão do gênero humorístico. Por isso, separamos algumas obras que podem abrir um pouco o seu coração para o cinema nacional.

Saneamento Básico – O filme

Para quem acha que a comédia nacional só gira em torno de sexo e estereótipos do corpo feminino, se enganou. Esse filme conta a história de uma pacata cidade do interior que sofre com um problema de uma fossa e precisa de dinheiro da Prefeitura para resolver, mas descobre que a verba que a Prefeitura dispõe é para produzir um vídeo de ficção que será divulgado nas escolas. O pessoal então decide se juntar para fazer o filme e conseguir o dinheiro para a fossa. Nasce assim um filme de ficção que conta a história de um monstro da fossa que ataca mocinhas indefesas. Uma comédia bem bobinha, mas que te faz rir e ainda conta com as participações de Lázaro Ramos, Fernanda Torres, Wagner Moura (que homão!) e Camila Pitanga. Vale a pena conferir!

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Teus olhos meus

Um dos melhores filmes nacionais que já assisti. Gil (Emílio Dantas) é um órfão que foi criado pelos tios, mas que não se dá muito bem com o marido de sua tia. Um dia ele deixa a casa em que mora sem rumo e vai para a praia onde conhece Otávio (Remo Rocha) e os dois acabam se relacionando. O filme gira em torno das descobertas de Gil e como Otávio, um homem mais velho, o fará entender um pouco mais sobre a vida. O final é impressionante!

As memórias que me contam

Falar sobre a ditadura militar brasileira é um assunto muito delicado, mas esse filme consegue trazer à tona a história de uma ex-militante de forma sensível e impactante. Ana (Simone Spoladore) é uma ex-guerrilheira que está internada na UTI em estado grave e seus amigos de luta se reencontram na sala de espera. O filme mostra as lembranças que cada amigo tem dela (do que ela era e o que se tornou). É uma obra necessária para entendermos as angústias de uma geração que viveu o Golpe de Estado e que lutou pelo Brasil mesmo no momento mais crítico da ditadura.

Amarelo Manga

O filme do cineasta Cláudio Assis tem como principal personagem a brasilidade. São diversas histórias entrelaçadas que se passam na periferia de Recife, histórias essas que mostra a esquisitice que cada um carrega dentro de si. Temos Dunga, um gay afemininado, que trabalha no Texas Hotel como cozinheiro, Dunga (Matheus Nachtergaele) é apaixonado por Kanibal (Chico Diaz) que é hétero e casado com a beata Kika (Dira Paes), mas trai a esposa com a espevitada Dayse (Magdale Alves), esses personagens se encontram em um bar decadente que tem como balconista Lígia (Leona Cavalli) que sonha em sair daquela vida, Lígia é assediada por Isaac (Jonas Bloch) morador do Texas Hotel que esconde um segredo muito peculiar e estranho. É um filme visceral com pitadas de humor negro.

Ponte Aérea

Esse é um dos filmes mais amorzinho que assisti. Conta a história do carioca Bruno (Caio Blat) e da publicitária paulista Amanda (Letícia Colin) que se conhecem no hotel quando o voo deles atrasa. Eles então viverão um caso de amor muito real, cheio de altos e baixos, já que os dois estão em momentos diferentes da vida: Bruno está confuso sobre sua profissão, sobre o seu relacionamento com o pai e Amanda está no melhor momento de sua carreira, mas sem ter tempo para conciliar com a vida amorosa. Ao assistir lembrei um pouco do filme Blue Valentine (Namorados Para Sempre) com Ryan Gosling e a incrível Michelle Williams que mostra uma história real de um romance.

O Céu de Suely

Hermila (Hermila Guedes) é uma jovem que foi tentar a vida na cidade grande, mas após engravidar e se encontrar sem muitas expectativas resolve retornar a sua cidade natal Iguatu no Ceará. O plano dela era retornar e morar com a avó até o seu marido juntar dinheiro e voltar para se juntar a ela e ao filho que ainda é um bebê, mas o pai da criança desiste de retornar e foge sem deixar rastros. Com um filho pequeno e sem ter muitas condições de crescimento, Hermilia tem que se virar em subempregos, então tem a ideia de rifar o seu próprio corpo ou “Uma noite no paraíso” como ela chama, para conseguir deixar novamente aquela cidade. Um filme muito real que apesar de ser curtinho nos transmite uma grande carga dramática. Vale a pena!

Além desses existem tantos outros como Lavoura Arcaica, Como nossos pais, Central do Brasil, O homem que copiava (um dos meus preferidos), Quando eu era vivo, Eles não usam Black-tie, Assalto ao trem pagador, Edifício Master, enfim, a lista é enorme e vale a pena dar uma chance.

Publicado por Janaína Ajala

Formada em Publicidade, tentando entrar no mundo mágico da redação e sair do mundo das séries. Pisciana que sonha acordada e gostaria que John Hughes dirigisse sua vida.

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